domingo, 17 de abril de 2011

Página em branco

Mais uma vez estive ausente. Dessa vez, não por falta de tempo, mas por falta de palavras. Garganta seca que busca bem lá no fundo uma gota de saliva para dizer aquilo que não consegue. Mais do que isso: aquilo que não pode dizer. Sim, porque, na verdade, não deveria estar sequer pensando ou sentindo. Às vezes, os pensamentos se perdem, os sentimentos se confundem e, consequentemente, as palavras fogem. O silêncio também é uma mensagem.


Depois de algum tempo, passo aqui com uma música na cabeça. Isso porque a minha vida tem trilha sonora. Como bailarina que sou, a música tem um valor especial para mim. Eu poderia até criar uma coreografia para traduzir cada fase dela.


Aliás, outro dia conversava com uma amiga - que também tem uma forte ligação com a música - e ela me falava justamente sobre como as canções a ajudavam a entender o que se passava com ela. A diferença entre nós é apenas como sentimos a música: ela canta, eu danço.


Hoje, eu terminei meu domingo na praia. Observei o sol partindo e cedendo espaço a uma linda lua que assumiu o trabalho de iluminar o céu. Fazemos isso diariamente. Saímos e entramos em cena. Terminamos e recomeçamos. Recuamos e avançamos. O começo é todo dia. Esse é o desafio.


Today is where your book begins/ The rest is still unwritten