domingo, 2 de janeiro de 2011

Corra, Priscilla, corra!

"A coragem contém em si mesma o poder, o gênio e a magia"
Goethe

Eu queria ter passado por aqui ontem: primeiro dia do ano. Mas o trabalho me impediu e eu, definitivamente, não queria começar 2011 escrevendo a "toque de caixa".

O ano de 2010 foi de muitos desafios, alguns tropeços e algumas vitórias. Analisando estatisticamente, diria que o saldo foi positivo. Cumpri minhas metas, principalmente, profissionalmente. Traçei um plano e fui até o final: ofegante na chegada, mas com fôlego suficiente para ainda correr muito mais. As mudanças começaram logo no início do ano e foram sucessivas. Mudanças que contribuíram para o meu objetivo maior de vida (em todos os aspectos): aprender. Com erros e acertos. Aprender sempre.

Passei por algumas dificuldades, é verdade. Mas quem não passa? Vi muitas pessoas reclamando que o ano, para elas, foi péssimo. Mas eu não posso me queixar. Tive sempre ao meu lado minha família e meus amigos (a família que escolhi); alcancei objetivos; não deixei - nem por um instante - de acreditar que tudo daria certo e, por fim, virei o calendário sem arrependimentos. O ano de 2010 foi ma-ra-vi-lho-so!

Na virada, minha lista de agradecimentos foi muito maior do que a de pedidos. Não podia ser diferente! Quanto aos pedidos, fiz apenas um: que o universo conserve a coragem que tenho dentro de mim: de mudar, de enfrentar, de sonhar, de viver... intensamente! A coragem de não me acomodar em uma situação confortável, de não me contentar apenas com o acaso. A coragem de fazer acontecer. É isso que me move e é disso que eu preciso para seguir em frente.

Agora, para seguir em frente, é preciso saber para onde se quer ir, mesmo que o caminho ainda seja desconhecido. Por isso, hoje, deixo aqui uma canção do grande Lenine, que me toca muito. Mais do que isso. Hoje, me fez pensar... o que me interessa?

Um Ano Novo cheio de luz para todos!

É o que me interessa
(Lenine)
Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem.

Quem vai virar o jogo
E transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado
Só de quem me interessa.

Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou

Me traz o seu sossego
Atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussurra em meu ouvido
Só o que me interessa.

A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa.