quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Por que estou aqui?

Quando decidi criar este blog, em agosto deste ano, tinha como único propósito voltar a escrever. Voltar a despejar neste papel virtual meus sentimentos, minhas opiniões, minhas angústias, minhas alegrias. Voltar a me entregar às palavras escritas que tanto amo. De corpo e alma. Com toda intensidade que existe dentro de mim.

Fico feliz em saber que há pessoas que têm disposição e paciência para ler o que eu escrevo. Pessoas que têm generosidade o bastante para tentar entender minhas palavras, ainda que, às vezes, não consigam ou não concordem. Não me julgo a dona da verdade. Até porque a verdade absoluta não existe. É irreal. O que existem são verdades. Cada um com a sua. Porque cada pessoa vê o mundo a sua maneira, com suas próprias lentes de tamanhos, profundidades e cores diferentes.

Ora falo dos meus sentimentos. Ora das minhas impressões sobre o mundo. Mas este mundo que escrevo é só meu. Não espero que as pessoas o vejam da mesma forma. Por isso, sempre valorizei os comentários. Eles são como partes integrantes do texto original independentemente se concordam ou não com os argumentos sustentados. Essa é a característica bacana do blog, da internet: interação. As opiniões diversas só enriquecem os debates.

Com o intuito de oferecer a maior liberdade possível a quem se interessasse em ler o que aqui está escrito, não utilizava o recurso de moderação de comentários. Achava que seria desnecessário. Pressupunha que as pessoas estariam interessadas em trocar ideias e não gerar conflitos.

Mas, infelizmente, a partir deste momento passarei a utilizar o recurso de moderação de comentários. Por consideração às pessoas que têm visitado o blog e me presenteado com suas observações construtivas, vou explicar o motivo. Hoje tive uma surpresa desagradável: uma pessoa com um login falso deixou um comentário extremamente grosseiro, usando palavras agressivas em relação a mim no post “Faroeste carioca”.

Minha primeira reação foi a de ficar profundamente triste por essa agressão gratuita. Mas minha tristeza durou pouco tempo porque estou procurando exercitar minha capacidade de ignorar pessoas e fatos pouco ou nada relevantes para a minha vida. Faço isso com um único objetivo: ter paz.

Eu já tive um blog antes (Cartas Anônimas) e o apaguei, no início do ano, justamente por causa desse mesmo tipo de comentário. Só que dessa vez, a situação é diferente. Eu estou diferente. Não vou abrir mão da minha liberdade de me expressar.

Essa pessoa sequer teve a decência de “mostrar sua cara”. Agiu de maneira leviana, rasteira e, principalmente, covarde. Mas se esqueceu de um detalhe: as nossas palavras carregam marcas individuais como impressões digitais. O texto diz quem você é.

Para você, que parece estar mais preocupado com a minha vida do que com a sua, deixo um recado. Sinto muito que uma relação de carinho, admiração e amizade (pelo menos da minha parte) tenha chegado a esse ponto: desrespeito. Tudo porque você transferiu para mim a mágoa que nutre por uma outra pessoa. Tudo porque você não aprendeu a lidar com a sua dor.

O sofrimento faz parte da vida. Não há no mundo quem nunca tenha sofrido. Mas a dor provocada pelas decepções e pelas dificuldades da vida não pode ser usada como desculpa para que as pessoas se sintam no direito de ferir as outras. Nos momentos de sofrimento, a vida nos impõe dois caminhos: crescer diante dos obstáculos ou assumir para si a posição de vítima do mundo. Por algum motivo que desconheço, algumas pessoas preferem se vitimizar. Preferem ser tratadas como coitadas. Preferem despertar pena em vez de admiração.

No último ano, passei por momentos sucessivos de sofrimento. Um após o outro. Mas eu escolhi seguir em frente. Amadurecer. Escolhi ser forte. Opção que muitas pessoas fazem todos os dias. Nunca quis ferir alguém apenas porque estava sofrendo. As pessoas não têm culpa das adversidades que surgiram na minha vida. Não podemos transferir para os outros a responsabilidade pela nossa eventual infelicidade. Porque a felicidade só depende de nós.

Eu não desejo mal a você. Apenas não o quero mais perto de mim. Não desse jeito.

Espero que, em breve, você encontre o caminho da luz.

A todos que visitam o Efeito Borboleta, quero deixar claro que críticas e sugestões serão sempre muito bem-vindas e eu pretendo publicar todas. Apenas os comentários de baixo nível (se ocorrerem novamente) serão deletados. Peço a compreensão de todos.

Não deixem de ler o post "Faroeste carioca" (abaixo) e expressem suas opiniões. A gente se encontra por aqui.

Um beijo grande a todos!

4 comentários:

  1. É inacreditável a capacidade de algumas pessoas de cultivar a infelicidade. Amiga, não se abale com pessoas assim! Elas não merecem... Conte comigo!!! Estarei sempre presente aqui e na sua vida! Adoro você! bjs, Dê.

    ResponderExcluir
  2. É isso aí, Pri!
    Quando a gente magoa alguém sem querer, é triste, mas estamos sujeitos a isso. Não há ensaio para a vida. Não sabemos qual é a reação que os nossos atos vão provocar na vida das pessoas. No entanto, quando decidimos, propositalmente, ofender alguém (ainda mais sem mostrar o rosto) é maldade premeditada.
    Um beijo!

    ResponderExcluir
  3. Priscilla, estou solidário a você, sempre, mas acho lamentável que você tenha que lançar mão desse expediente por causa de gente grosseira. Muitos ainda não entenderam a ferramenta poderosa e delicada, que é a Internet.

    Beijo carinhoso,

    Cláudio

    ResponderExcluir
  4. Realmente lamentável. Uma atitude baixa. Um trabalho sério, que no pouco tempo que sigo já fico muito satisfeito. Sempre que venho aqui me deparo com textos sensíveis, bem escritos, idéias interessantes. Desprezível que venham num espaço deste para fazer isso. Espero que isso não cause uma baixa. Gosto muito de vir aqui.
    Beijos!

    ResponderExcluir